Para comemorar os seus 60 anos, a Porsche inaugurou no passado dia 31 de Janeiro de 2009 o seu novo e maravilhoso museu. Eles já tinham um museu anteriormente, mas para quem o visitou sabe que não representava muito bem a história da empresa.
O novo museu apresenta uma estrutura futurista e impressionante. Uma arquitectura completamente diferenciada e ousada. Mas ousadia maior mesmo foi a escolha do local. Pois é, as feministas de plantão na Alemanha não devem ter aprovado muito bem a obra, afinal no mesmo terreno onde foi construído o novo museu existia um estacionamento só para mulheres. Que ironia, hein!? (((-:
Foram estimados 50 milhões de euros para a obra, mas, no fim, a brincadeira custou o dobro (parece que foi construído aqui no burgo! Terá sido a Mota Engil?!?) e demorou muito mais tempo para ser entregue. 140 metros de comprimento e 70 metros de largura, mas o mais impressionante é quando se observa os cantos do museu, pois toda aquela estrutura (aprox. 35.000 toneladas) está apoiada em apenas 3 colunas.
Toda a estrutura apresenta-se numa área de 5.600 m2, trazendo uma colecção de carros fantástica, um pouco de história e curiosidades, muita tecnologia e, além disso, o restaurante “Christopherus” e um bar logo na entrada para tomar um café, um refrigerante ou comer uma das tortas deliciosas que existem na Alemanha.
Segundo um dos responsáveis pelo museu, estão sendo mostrados no museu apenas 80 modelos de carros, sendo que eles tem mais de 300 que estão guardados. Mas a proposta é, assim como no antigo museu e até mesmo no museu da Mercedes, de fazer um sistema de rodízio no acervo, o que torna o museu mais interessante ainda, pois quem visitar duas vezes poderá ser apanhado de surpresa com uma nova mostra.
O museu é MUITO branco e essa escolha não foi à toa. A intenção dos projectistas era dar destaque ao que é realmente destaque: os carros. Além disso, eles quiseram e conseguiram passar alguns valores da marca através do projecto como um todo: leveza, dinâmica, velocidade e força.
Numa das áreas do museu é possível divertir-se sentindo o ronco de diferentes motores, inclusive o da Harley! Isso mesmo, uma determinada família de motores da Harley Davidson foi desenvolvida pela Porsche (motores Evolution, 1984)! Enfim, é só se posicionar, sentir e vibrar. E o melhor, nem precisa acelerar, pois eles já fazem isso por você! Easy rider!!!
Para os mecânicos interessados na parte mais técnica não falta informação e nem tampouco peças para se observar internamente e com detalhes através de uma “oficina” dentro de ”aquários” de vidro. São três “aquários” que apresentam 3 categorias: produção, desenvolvimento e design. Além disso, também existem outras peças expostas pelo museu e também alguns motores sem protecção, o que é óptimo para chegar bem pertinho e ver bem os detalhes.
Para os consumistas ou coleccionadores, não percam a loja, que apesar de pequena tem muita coisa que vale a pena levar para casa.
Os visitantes do museu dividem-se em três categorias: os que querem saber muito, os que querem ver e fotografar muito e os que querem atrapalhar as fotos alheias. Quem quer saber sobre a história é só andar devagar lendo tudo que aparece e também parando para ver filmes que passam em várias telas espalhadas na exposição. Mas, para quem só quer ver e, consequentemente, babar, é só ir até a área principal e lá estarão eles: carros desportivos, carros de corrida e, é lógico, os carros dos nossos sonhos.
O museu é cheio de efeitos interessantes e estranhos, mas que devem ter algum significado. Por exemplo, se repararmos na foto de cima do lado direito aparece um número invertido. Agora na foto de baixo tudo está invertido, inclusive o carro. Na verdade, segundo um engenheiro mecânico, a ideia de colocar o carro de cabeça para baixo é para chamar atenção ao fato de que, conforme os cálculos aerodinâmicos, quando se atingisse uma velocidade acima dos 321,4 Km/h, a força aerodinâmica seria capaz de manter o carro preso ao solo, mesmo que o carro estivesse de cabeça para baixo.
Dos efeitos especiais, o mais interessante é a projecção numa parede dos modelos da Porsche. Ali, fica claro, que todos os designs se sobrepõem, mostrando uma clara evidência de que o design é uma identidade muito forte e marcante da Porsche. A primeira foto retrata a imagem que é fixa no painel, ou seja, apenas os contornos e as outras duas fotos são exemplos do que acontece quando o modelo seleccionado muda. Fantástico!
No último andar, são expostos carros sobre círculos móveis no chão.
Os carros de corrida são a “menina dos olhos” da Porsche. Eles estão definitivamente em destaque no museu, principalmente o Porsche 917, posicionado sob 320.000 luzinhas LED. As luzes mudam constantemente o seu trajecto de projecção, formando frases famosas de pilotos de carros de corrida ou imagens de circuito das corridas.
Aliás, não há prova maior do sucesso com carros de corrida, do que a colecção de prémios que expõem: são 28.000 vitórias conquistadas.
Para além de tudo, o museu ainda oferece um “Centro Multimédia” gratuito, onde o visitante pode navegar um pouquinho e conhecer mais sobre a história e sobre os modelos da Porsche. Aparentemente este espaço é o queridinho das crianças pequenas e também – por que não – das crianças já um bocado crescidinhas.
Ir a um museu quase sempre trás duas coisas: dor nas pernas e algum conhecimento extra. Pensando nisso, a Porsche providenciou duas soluções: um espaço com “pufs” no meio do museu, escadas rolantes e elevador e muitas informações históricas interessantes.
Para mais informações é só entrar no site oficial (em inglês) e divertir-se!
Segundo o museu, são esperados 200.000 visitantes por ano no novo museu.
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