René Alexandre Arnoux (Grenoble, 4 de julho de 1948) é um automobilista francês.
BIOGRAFIA
Arnoux competiu na Fórmula Um de 1978 a 1989, obtendo 7 vitórias, 18 pole positions, 22 podiums e 181 pontos em toda a sua carreira. Competiu na GP Masters, ao lado de outros veteranos da Fórmula Um.
Antes da Fórmula 1
Entusiasmou-se cedo pelo automobilismo, e em 1976 disputava a Fórmula 2, onde foi vice-campeão, com um ponto a menos que o vencedor e futuro companheiro de equipe, Jean-Pierre Jabouille. Em 1977 volta à carga e ganha o Europeu de Formula 2 com autoridade.
Martini e Surtees (1978)
Em 1978, começa a sua carreira na Formula 1. Contudo, a pequena equipe Martini não tinha condições para mais altos voos, e antes que a época acabe, esta retira-se. Depois vai substituir o acidentado italiano Vittorio Brambilla na Surtees, mas esta equipe está nas suas horas finais, e pouco havia a fazer. Nenhum ponto.
Renault (1979–1982)
Para o ano de 1979, a Renault escolhe-o para que ele seja o seu segundo piloto, e a primeira oportunidade que ele têm para brilhar é… no Grande Prêmio da França em Dijon-Prenois, onde a batalha final pelo segundo lugar, com o Ferrari do canadense Gilles Villeneuve é hoje em dia considerada como uma das mais brilhantes batalhas da história do automobilismo. Ele pode não ter vencido a batalha contra Villeneuve, mas deixou seu nome estampado na Fórmula 1. O 3º lugar final dá-lhe o seu primeiro pódio de sempre, fato que repete em Silverstone, onde acaba em 2º, atrás do Williams do suíço Clay Regazzoni. Na Áustria, consegue a sua primeira pole-position, fato que repete na Holanda. Em Watkins Glen, a última prova do campeonato, acaba em 2º. Termina o campeonato em 8º lugar com 17 pontos, conseguindo: duas poles, três pódios e duas voltas mais rápidas.
Em 1980, tem um início de temporada fabuloso: ganha em Interlagos, sua primeira vitória na carreira, e em Kyalami, colocando-se na frente do campeonato do Mundo. Mas esta euforia é até a 5ª etapa, o GP da Bélgica, e depois disso, o melhor que consegue é um 2º na Holanda. Termina o campeonato em 6º lugar com 29 pontos: duas vitórias, três pódios, duas poles e quatro voltas mais rápidas.
Para 1981, Arnoux conta com um novo companheiro de equipe: Alain Prost. O jovem Prost mostra de que é feito, e rapidamente consegue ser melhor do que o seu compatriota. O melhor que Arnoux consegue é ser 2º na Áustria. Finaliza o campeonato em 9º lugar com 11 pontos. Para além disso, obteve: quatro pole-positions e uma volta mais rápida.
Na 1982, Arnoux vê a ascensão de Prost a primeiro piloto, depois de este ter ganho as duas primeiras provas do campeonato: África do Sul e Brasil, (em função das desclassificações dos carros de: Piquet, o vencedor da prova, e Rosberg o 2º colocado). Para piorar as coisas, nessa altura, o francês do carro número 16 não consegue mais do que um 3º lugar. Essa tensão chega ao auge no Grande Prêmio da França desse ano: a equipe tinha combinado que Arnoux deveria deixá-lo passar em melhor situação no campeonato. Ora, Arnoux, que tinha feito a pole-position, achou que tal ideia era ultrajante e não acatou a ordem. Resultado: Arnoux venceu a prova, mas à frente dele, o caldo ficou entornado e começou a procurar equipe para o próximo ano.
Arnoux ainda venceu na Itália em Monza e foi 2º na Alemanha em Hockenheim. Ficou em 6º lugar na classificação geral com 28 pontos. Para além disso, fez: cinco pole-positions, quatro pódios e uma volta mais rápida. Após a última prova, deixava o time e foi procurar outro no próximo ano.
Ferrari (1983–1985)
O seu novo time para 1983 chamava-se… Ferrari! A sua rapidez não tinha passado despercebido ao “Comendatore” Enzo Ferrari e foi correr numa dupla totalmente francesa ao lado de Patrick Tambay.
Domina rapidamente seu colega de equipe ganhando três Grandes Prêmios: Canadá, Alemanha e Holanda. Foi a sua melhor temporada no ano de estreia da sua nova equipe, pois após o 2º no GP da Itália, Arnoux estava 2 pontos atrás do seu compatriota Alain Prost da Renault. A chance de ser o primeiro piloto francês a conquistar o título era excepcional, mas na penúltima etapa, no GP da Europa em Brands Hatch, ela se diluiu com a rodada na subida da curvaSurtees, assim que abriu a 19ª volta. Perdendo muitas posições, fez uma enorme corrida de recuperação e não pontuou com o 9º lugar obtido, descendo para a 3ª posição no campeonato.
Necessitava de uma vitória na última etapa, o GP da África do Sul, e torcer para que Prost termine em 6º e Piquet em 4º. Na corrida, o piloto fez muito pouco pela sua pequena chance de conquistar o tão sonhado título que durou até a 9ª volta, quando o motor italiano estourou e deixando seus rivais na luta disputando-o. O 3º lugar no campeonato com 49 pontos foi o melhor em toda a sua carreira com: três vitórias, sete podiuns, quatro pole-positions e duas voltas mais rápidas. Embora não tenha ficado com a taça, pelo menos fez a sua equipe junto com seu colega compatriota com os pontos marcados a conquistar o título de construtores, algo que só conquistaria novamente 16 anos mais tarde…
O campeonato de 1984, o carro perde alguma competitividade em favor da McLaren e da Lotus. Arnoux não ganha, não faz poles, não lidera nenhuma volta e o melhor que obteve são dois 2º lugares em: San Marino e Dallas. O seu novo companheiro de equipe, Michele Alboreto, ainda ganha uma corrida. Classificou-se em 6º no Mundial com 27 pontos: quatro pódios e duas voltas mais rápidas.
Para 1985, na corrida de abertura, o Grande Prêmio do Brasil, Arnoux começava com um bom 4º lugar. Mas mal ele sabia que isso seria a sua última prova com a Ferrari… antes do GP de Portugal, misteriosamente, a cúpula ferrarista dispensa os seus serviços, substituindo-o pelo sueco Stefan Johansson. Fica o resto do ano sem competir com apenas 3 pontos na etapa brasileira e o 18º lugar no Mundial de Pilotos.
Ligier (1986–1989)
Em 1986, regressa à competição pelas mãos da Ligier e o potente motor Renault Turbo. Tem 38 anos e a sua rapidez contínua intacta. Coloca o seu carro regularmente nos pontos, mas não alcança nenhum pódio. Termina o ano com 17 pontos, dando-lhe um 10º lugar.
Continua na equipe em 1987, mas a equipe está em declínio, porque não podia contar com o propulsor francês, que se retirou da categoria. Em princípo, a equipe contaria com o motor Alfa Romeo, mas o próprio piloto recusou que o time utilizasse-o no Mundial, pois nos testes se mostrou muito fraco. Rapidamente, o time de Guy Ligier fechou com a Megatron, a preparadora dos BMW Turbo. Na troca, conseguiu terminar cinco provas, mas apenas uma concluiu nos pontos com o 6º na Bélgica, acabando o campeonato em 17º lugar com 1 ponto.
Na temporada de 1988, a equipe troca novamente de motor e parte para o aspirado Judd V8, (a estreia do propulsor na categoria). Seu companheiro de equipe foi aquele que o substituiu definitivamente três anos atrás a partir da corrida de Portugal: o sueco Stefan Johansson. Com o novo motor, Arnoux termina cinco provas, mas nenhum ponto conquistado, assim como o seu colega de equipe.
Para 1989, o turbo foi banido, e todas as equipes tinha que usar motor aspirado. A equipe troca mais uma vez o motor; agora era oFord Cosworth V8. No terceiro ano de Ligier, o piloto encontrou muitas dificuldades para classificar o carro no grid, pois era nas últimas filas chegando a ter a companhia de pilotos como Nelson Piquet…. O francês do carro número 25 não se alinhou por sete etapas e apenas nove obteve êxito; concluiu seis corridas, mas apenas uma foi nos pontos com o honrável 5º lugar no Grande Prêmio do Canadá, debaixo de chuva. Encerra o campeonato em 22º lugar com 2 pontos e também é o final de sua carreira na Formula 1 com 41 anos.
Após a Fórmula 1
Arnoux montou um negócio bem sucedido de pistas de karting indoor um pouco por toda a França. Neste momento têm quatro pistas a funcionar, duas na região parisiense, uma em Lyon e outra em Marselha. No final de 2006, decidiu voltar a colocar o capacete ao participar no Grand Prix Masters, a Formula 1 com mais de 45 anos.
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