No inicio da carreira do 131 não parecia que um dia se tornaria um alvo a abater. Quando foi lançada a versão de estrada nem um motor de dupla árvore de cames tinha como opção. Contudo o 131 estava para se tornar um dos melhores carros de rally dos anos 70 (com o Stratos como o principal carro). Tudo começou numa discussão interna da Fiat.
Tirando a crise do petróleo dos anos 70, a Fiat tinha duas vertentes de pensamento. Eles ainda tinham uma nova equipa de rally e recentemente adquiria estrutura mundial da Abarth.
E é so nos capítulos finais que o 131 aparece. Para começar a linha da Abarth era preciso encontrar um carro para substituir o 124 Abarth e tinha que ser tão rápido como o Stratos.
Alguns protótipos foram desenvolvidos, incluindo o protótipo X1/9, o 128 assim como o 131, por algum tempo parecia que o X1/9 seria o próximo carro a cabo de competir no rally, mas no final o 131 foi o escolhido.
A escolha do 131 era ainda mais gloriosa face à capacidade do Stratos castigar a concorrência no rally da altura. Em 1976 o Stratos tinha ganho o seu 3º consecutivo campeonato de WRC. Construído de propósito para o rally, com 2 lugares, forma esguia e motor central V6 Ferrari, e o seu sucessor era um…..131. o contraste podia dificilmente ser melhor, contudo a Fiat estava prestes a lutar dente por dente pela coroa do rally com a Ford, na Europa estavam a tentar esquecer a crise do petróleo e a gastar alguns hidrocarbonetos na procura de mais potência, precisavam de um carro com “rodas” para o fazer. Por isso a Fiat queria um carro com a qual o consumidor comum se identificaria. Por esta lógica ter um carro de sonho no Stratos e uma versão de “estrada” e credível no 131 fazia muito sentido. Entra a Abarth.
Abarth tinha usado o 131 (e um pouco mais tarde o Ritmo 1500s) para testes de desenvolvimento para os seus vários programas. Existia uma vasta gama de 131 protótipos todos numerados até ao numero 035 mas sabe-se que existiu muitos mais protótipos. Em finais de 1973 é que a Abarth teria as primeiras carroçarias protótipos. O 131 era uma escolha natural para os testes de competição, tinha um grande compartimento do motor, tracção traseira e espaço suficiente para se trabalhar facilmente sem ser muito largo ou pesado. Foi o último carro de tracção traseira de 4 portas produzido pela Fiat em Itália.
Para os próximos 2 anos e meio com a Abarth a fazer os testes de facto até ao desenvolvimento do Fiat X1/9 Prototipos, de facto este seria o primeiro carro de rally aparecer para substituir o Fiat 124 Abarth. Só no final de 1975 é que a Fiat se decidiria pelo 131 como a sua arma nos rally’s. A Bertone ficou encarregue de construir os 400 carros necessários para a homologação do 131 nos rallys. 40 destes carros foram para as mãos da Abarth para preparação para competição, mais tarde no programa de rally apenas 10 carros seriam usados, a intenção seria ter o 131 Abarth pronto para a temporada de 1976.
A sua última temporada seria em 1981 mesmo antes da chegada do Lancia 037 Abarth em 1982.
Tribute to 131 Abarth:
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